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BÚZIOS - SR.PREFEITO DE BUZIOS QUE VERGONHA PARA NOSSA CIDADE.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Um mar de problemas ou Falta de vergonha mesmo.

Banhistas e comerciantes reclamam de descaso da administração pública em Geribá

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A cada dia se levanta mais forte a onda de pessoas que reivindicam melhor atenção por parte da Prefeitura na praia mais badalada de Búzios, Geribá. Quem chega de carro, já começa desembolsando R$5 para a ‘Búzios Rotativo’, empresa permissionária do serviço de estacionamento. Em geral, os motoristas não reclamam sobre o valor, mas a coisa pega fogo quando, uma vez na areia, descobrem que não existe banheiro público por ali. O mais próximo fica a dois quilômetros, no canto esquerdo. A solução é pagar mais R$5 ao restaurante Fish Bone, cada vez que as necessidades fisiológicas se fizerem presentes, ou se aliviar na água mesmo. Lixeiras, só as particulares, dos donos das barracas que outrora eram quiosques (derrubados por ordem do Ministério Público). São esses comerciantes, aliás, que apesar de muitas vezes serem pegos cobrando consumação mínima, apontam outras irregularidades.
De acordo com a Secretaria Municipal de Ordem Pública, desde o início do verão, os ambulantes que comercializavam bebidas e comidas, só estão autorizados a alugarem guarda-sóis, mesas e cadeiras (o que leva a muitas discussões sobre o ‘loteamento’ de fatias de areia entre eles). Porém, o famoso jeitinho brasileiro não perderia uma praia como essa. Entre um aluguel e outro de guarda-sol, os ambulantes oferecem seus cardápios, que são preparados a poucos metros da faixa de areia; mais exatamente, em pequenas estruturas montadas nas ruas e esquinas, ou em interiores de veículos, sob a vista dos fiscais, alguns, visivelmente mais preocupados em ‘fiscalizar’ as belas curvas das mulheres que chegam na famosa praia do que outra coisa. A situação causa nojo e horror àqueles que prezam por um mínimo de higiene, e decência. Contudo, há de se aplaudir a eficiência dos fiscais quanto a proibição dos jogos de bola, que só podem acontecer após às 16h00, e a permanência de animais. Carrinhos, como os de milho verde e açaí, só podem circular aos que pertencem a vendedores mais antigos. Pastéis, empadas, queijinho, churrasquinho e camarão, com autorização ou não, continuam.
Todos os ambulantes entrevistados pediram para não serem identificados, com medo de represálias. Cientes do papel de ‘recepcionistas’ que também exercem para com os turistas que chegam na praia e de sua importância no cenário político e social da Cidade, eles não tem voz apenas para anunciarem suas mercadorias, mas também suas ideias:
- Eu quero saber pra onde vão os R$173 de anuidade que cada trabalhador paga à Prefeitura pra poder trabalhar na praia? Somos 250 pessoas, somente em Geribá, fora o que a Ordem Pública admite permitir atuar com uma ‘autorização precária’ de um mês, que vai sendo renovada. Isso, por baixo, dá mais de R$ 43 mil por ano. Esse dinheiro vai para Secretaria de Finanças e não retorna a nós, trabalhadores e turistas, em serviços. A praia é o cartão postal da Cidade, nosso ganha pão, nosso patrimônio, nosso orgulho, deveria ser mais cuidada, ter mais investimentos aqui. A Prefeitura não tem critério para distribuir os crachás, então o que acontece? São famílias inteiras que possuem a autorização, enquanto nós vamos ralando devagarzinho aqui como podemos. Eles já haviam concordado em ser apenas um vendedor por família, mas isso não foi adiante. Como não bastasse, ainda temos que concorrer com estrangeiros e vendedores das lojas de Cabo Frio. Enquanto existem duas pessoas vendendo coco, existem 50 vendendo saída de praia. Deveria haver um equilíbrio quanto a liberação dos produtos que podem ser vendidos, porque do jeito que está, todos saem perdendo:  os vendedores, que sofrem com uma concorrência brutal, e os compradores, que não tem uma diversidade de ofertas – diz um deles.        

Eleição, Migração,
Assistência Social e Saúde 

Outro vendedor continua:
- Durante a eleição pra deputado em 2010 vieram muitas pessoas de Campos pra cá. Não quero citar nomes de políticos, mas passou a eleição e essas pessoas ficaram, porque isso também interessa aos vereadores daqui. Desse modo, um simples crachá de praia transtorna o funcionamento inteiro da Cidade. O pessoal do Nordeste, a cada ano manda buscar mais familiares. Quase todas as casas tipo cortiços que já tem em Geribá, perto da Aldeia e em Cem Braças, estão lotadas de parentes transferindo o título. Já vem com o local certo. Todos têm muitos filhos e enchem a rede pública. Não está no planejamento da Cidade. A Prefeitura finge que nada está acontecendo. Não manda os assistentes sociais ver como estão, como vivem, é um problema social e de saúde pública, pois quando adoecem, superlotam o sistema de saúde.
Uma vendedora também dá seu recado:
- Eu acho que quem autoriza o trabalho, confunde ambulante e artesão com camelô. Camelô é aquele que vende porcarias desnecessárias porque não tem emprego, ou porque tem um lojista por trás. Ah, que saudade do coronel Ubiratan, que em 2009 fez uma triagem e deixou somente os que viviam da praia. Até entrevista com psicóloga as pessoas tinham que fazer. Quem tinha problema, quem estava lá por não encontrar trabalho, foi encaminhado para o serviço social. Naquela época, a coisa quase deu certo. Não deu, por causa de uma racha no governo. No desentendimento deles, quem sofre é a Cidade. Mas não culpo o coronel Lyrio, o secretário atual de Ordem Pública, ele é uma ótima pessoa. No mínimo, o serviço dele tinha que se dar em conjunto com o da Secretaria de Desenvolvimento Social.

Pode ou não pode?

Mais um vendedor, igualmente sob anonimato, fez questão de dar um relato sobre a recente proibição de carrinhos na areia:
- O dono de uma firma de picolé baratinho me contou que comprou todos os carrinhos, contratou empregado e não pode usar, os carrinhos ficaram encostados na loja. Outra firma de picolé falou que os empregados eram de Cabo Frio porque os de Búzios não gostam de carregar os isopores pesados, deixam logo o emprego. Assim, não puderam cumprir a lei que exigia que fossem moradores de Búzios.
Outra vendedora, ao invés de respostas, se conteve em fazer perguntas:
- Se eu tivesse a honra de poder fazer uma pergunta ao Mirinho, eu iria abusar e fazer três. Só três. Queria que ele me respondesse sinceramente: Mirinho, você consegue andar com uma panela de milho fervendo na cabeça? Você consegue andar com uma caixa de isopor de 50 litros cheia na cabeça? Porque nós, que somos conhecidos como ambulantes, temos que ficar parados, torcendo para que o freguês venha a nós? Só isso que eu queria saber.

Ordem Pública

No decorrer das entrevistas, pôde ser considerado que o ato governamental de proibir os carrinhos, pode ser devido ao péssimo estado de conservação que alguns apresentavam, como se assim pagasse ‘os justos pelo pecador’. Para justificar a ação da Prefeitura, foi ouvido o coordenador de Postura, o Dinho. Ele explica:
- O que acontece: no verão, são muitas as pessoas que querem trabalhar na praia, e vem de todos os lugares para isso. E nós pedimos o maior número possível de documentos pra que ela comprove residência em Búzios, pois um item da Lei Complementar 22 diz que a pessoa tem que residir na Cidade. Pedimos título de eleitor sim, pedimos comprovante de residência, CPF, identidade, etc. Mas, o que as pessoas fazem? Pegam endereços de outras pessoas daqui, e nós não temos como fiscalizar isso. É o mesmo problema que acontece na rede pública de saúde. O que eu posso garantir é que aqui não existe e nunca vai existir troca de favorecimento, isso dá Ministério Público, é crime, e eu não aceito isso. Sobre as mercadorias vendidas, não estamos aqui pra determinar: você vai vender isso, e você vai vender aquilo. Eles mesmos chegam a conclusão de que não está dando pra vender mais tal tipo de produto, devido a concorrência, e vem aqui querendo mudar, e nós autorizamos a mudança. Agora, admito que no verão, não só em Geribá, como também em João Fernandes, a fiscalização fica aquém do que merece, devido ao grande número de pessoas, as praias ficam superlotadas. Mas, apesar dos contratempos, nosso trabalho vem sendo feito. Quanto a falta de lixeiras e banheiros, isso é com as secretarias de Serviços Públicos e Obras – informa Dinho, que aproveita para desmentir alguns boatos na Cidade: ele não foi nomeado recentemente como assessor do prefeito, tão pouco será candidato a vereador.        
A entrevista com Dinho foi gravada na quarta-feira (8), na Secretaria de Ordem Pública. Dois dias depois, ele foi novamente procurado pelo Jornal Primeira Hora para comentar a matéria publicada pelo Jornal O Globo nas edições de quinta e sexta-feira (9 e 10) Ele disse:
- Uma matéria extremamente tendenciosa. Sobre a questão dos coletes, nós pedimos que eles usem, para facilitar a localização deles, mas não existem leis que os obriguem usar. Os crachás, por muitas vezes alegam que esquecem em casa, mas isso não chega a ser um problema, não foge do nosso controle. Claro que sempre existem uns espertinhos que tentam trabalhar sem autorização, mas estamos sempre de olho, sabemos quem é quem, temos os arquivos de todos eles. E digo: são sete fiscais na praia de Geribá, e esse número é suficiente. Sobre a consumação mínima, de uma vez por todas, vamos deixar uma coisa bem clara: o reclamante tem que se mostrar, tem que vir até nós, porque isso é caso para o Código de Defesa do Consumidor. Existem placas alertando que isso é crime, mas ninguém quer deixar a praia pra abrir processo, prefere compactuar com o crime, aí fica difícil.    
Sem depender de emprego na Cidade, e sem medo de se identificar, o empresário Gilmar Ribeiro, um dos muitos turistas, opina:
- Bolsas enormes, varais enormes, carrinhos de bebidas, caixotes imundos, ninguém vem aqui pra ver isso, isso atrapalha nossa visão da natureza. Frequento Búzios há mais de 20 anos, e posso dizer: isso aqui já foi melhor. Se houve a emancipação, e os impostos começaram a circular aqui dentro, era pra fazer melhor, concorda? Observei a forma de abordagem de alguns fiscais e achei até engraçada, é uma relação de amigos com os ambulantes. Sobre as coisas serem caras, deveria se ter uma fiscalização sobre isso também, mas eu até entendo, porque afinal, é verão em Armação dos Búzios, fazer o quê? Quem não quer pagar, é melhor que traga lanche de casa. Mas uma coisa me chamou a atenção: percebeu que essas casas foram construídas sem o limite de 33 metros além da preamar? Se essa lei tivesse sido respeitada, daria pra fazer banheiros. Búzios não é mais uma menininha, já caminha pra maioridade. O governo não coloca nem um banheiro químico pra gente – critica o empresário, voltando de um refrescante mergulho.



Colaborador: Bruno Almeida

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